segunda-feira, 7 de março de 2011

Terapia Intensiva - Parte I

Há seis meses atrás resolvi que em 2011 me daria de presente (de aniversário) algo diferente e que agradasse só a mim, excluindo assim a idéia de dar festas estrondosas e passar 6 meses pagando pro outros curtirem.
 
Como quando eu viajo empolgo, quando comprei a passagem para NY, aproveitando amigos que moram lá, resolvi que passaria o dia em Lima, no Peru, já que isto sairia "de graca". ANRRAM.
 
Acho que só me toquei de verdade que passaria necessariamente o dia em Lima quando pisei aqui. Pesquisei na internet, antes de vir, o que tinha de interessante na cidade, alguns comentários de brasileiros sobre a mesma e os pontos turisticos mais famosos e mais comentados. Ah. E o que se bebe aqui... na verdade isso foi sem querer, apareceu nos resultados da minha pesquisa e achei interessante anotar, afinal nunca se sabe!
 
Cheguei. Me perdi dentro do aeroporto (já era de se esperar alguém que nao fala um A em espanhol, sozinha, querendo ser entendida...!) porque queria sair e o povo queria que eu esperasse pelo próximo voo - 12h depois - trancafiada nesse lugar!! Enfim, conseguir passei pela migraçao feliz da vida, comprei um saco tamanho familia de M&M`s azul (que nao tem mais no Brasil) mais feliz ainda e fui.
 
Antes de vir, me veio à cabeça achar uma taxista mulher e foi isso que fiz. Belíssima intuiçao, foi a melhor escolha de todas!! E sabe o nome dela? Berta! Haha adorei! Pena que nao deu tempo de tirar foto com a Berta (a idiota aqui nao carregou a camera e ela acabou a bateria no meio do dia TOIN OIN OIN), mas Berta foi mega fofa o tempo todo, atenciosa e cuidadosa. Valeu cada centavo da corrida e o almoço =)
 
Bom, lá fui eu conhecer Lima, começando pelo centro historico e antigo da cidade. A primeira impressao que tive nao foi das melhores, pois os onibus (que por sorte decidi nao pegar) que via nas ruas estavam DESTRUIDOS e os carros, em sua maioria velhos e feios. As ruas sao apertadas e o transito louquissimo. Mas logo que chegamos ao centro mesmo, aos monumentos e prédios historicos, fiquei muito bem impressionada. É tudo antigo mas muito conservado, cada predio que meu pai (admirador dessas coisas "velhas") ficaria maluco!! Infelizmente, segundo a Berta o centro é "peligroso" portanto a maior parte das fotos foram tiradas de dentro do carro, com o vidro fechado, e com a "carteirita" - termo usado pela Berta pra apelidar minha bolsa que mais parece uma mala hahaha - nos pés.
 
Mas em duas praças, as principais, desci e tirei fotos, uma delas inclusive com ajuda de uma guardinha simpatissíssima que deve ter feito mil angulos de mim (nao consigo ver pois a camera permanece sem bateria). E antes de passarmos à parte mais nova e moderna da cidade, paramos no centro pra comer comida típica daqui, pedido fofamente atendido pela Berta, com direito a Pisco Sour e Inca Kola, bebidas típicas daqui, com e sem álcool, respectivamente.
 
Na parte mais nova mais surpresa. Outra cidade, outros carros, outra vibe. Uma cidade limpa, arquitetonicamente moderna, mais segura e com direito a paradas em todos os pontos turísticos, incluindo a praia e um shopping, Larcomar, construído na beira das rochas, com uma belíssima vista pro mar. Lá encontrei todo o meu voo BSB-LIM, o que, diga-se de passagem, foi mais uma surpresa. Achei que eu era a única louca que escolheria um voo que ficasse 12h num lugar pra realmente conhece-lo. Só sou mais louca porque ainda sou a única sozinha...
 
Depois dos bairros de Miraflor e San Isidro - este lembra aqueles filmes americanos com casas sem portao, muito lindo! -, fomos ao Porto Callao, que já me pareceu uma terceira cidade. Que doidera! Cada lugar era como se fosse uma cidade diferente. Este porto é o principal da cidade, que eu consegui ver de cima, antes de pousarmos, e pensei "xiii a praia que vi ao lado do aeroporto no Google Maps era isso? F****", confesso! É simplesmente gigantesco, toma conta de kms de praia (bem feia por sinal), e movimenta o bairro La Punta com filas e mais filas de caminhoes que pretendem descarregar suas cargas nos navios.
 
No fim das contas Berta me passou mais medo dizendo que a noite a cidade ficava mais "peligrosa" e eu acabei voltando pro aeroporto antes do esperado. Daí pra enrolar to aqui, me abrindo na minha auto-terapia. Pensando bem, eu podia ter me juntado ao tráfico peruano e estar roubando ou matando, mas nao, to aqui contando história. Minha história. História do início de uma terapia intensiva. E lá vou eu pra segunda parte!

2 comentários: